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terça-feira, dezembro 27, 2005

à paris 

Cá vou eu fazer a viagem inversa da que um dia Dino Meira fez.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

natal 

Encantam-me as luzes de Natal. E aquelas musiquetas antigas relativas à quadra também.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

volume two 

Dylan outra vez.

Há umas semanas, ao ver as quase quatro horas de No Direction Home, o documentário de Martin Scorsese, ia ficando preso no mundo de Bob Dylan. Cheguei ao fim do filme sem fôlego, com algum medo - custou sair "dali".

Anteontem, entrei numa livaria, a Bucholz - à porta da qual Fernando Assis Pacheco morreu -, só para dar uma olhadela. Vagueei por ali, alguns títulos e autores, livros em português, inglês, espanhol, francês, italiano e alemão. Estava já de saída, quando resolvi ir à cave, que tem os descontos e os livros sobre música. À primeira vista, nada de interessante. De repente, lá estava ele, estranhamente desarrumado. Like a Rolling Stone - Bob Dylan at the Crossroads, um ensaio de duzentas e tal páginas à volta da famosa canção. O autor, Greil Marcus - a par de Lester Bangs, um dos maiores críticos de música que já houve - diverte-se a atravessar todos os becos, ruelas, ruas, avenidas, estradas secundárias, auto-estradas que vão dar à canção e que dela saem. Passa por sítios que nos custa a acreditar que existam. Do delta do Mississipi a uma Itália onde uma banda de hip-hop faz uma cover intitulada "Come Una Pietra Scalciata", tudo conta, tudo é estudado e mistificado.

O labirinto que é este livro deve tanto ao génio de Marcus como ao de Dylan. O efeito que umas quantas palavras cantadas em 1965 causa não deixa de espantar. O que era um single de seis minutos há quarenta anos deu lugar a um imaginativo discurso, cheio de fábulas e lendas, que dura algumas horas a ler.

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