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quarta-feira, maio 31, 2006

de volta à praia 

A primeira vez que o vi era um rapaz tímido, indeciso entre três raparigas numa qualquer cidade da costa francesa, no que terá sido o melhor verão da sua vida. Dez anos depois, Melvil Poupaud prepara-se para morrer, o médico não lhe dá mais que três meses de vida. A dor torna-o cruel, afasta-o dos que ama. Só encontra a paz estendido numa toalha no areal de uma praia, talvez a mesma do passado.

quinta-feira, maio 25, 2006

where is my crown? 


Cut Your Hair dos Pavement. Stephen Malkmus é rei.

domingo, maio 21, 2006

s/t #3 

"We're trapped inside the song
where the nights are so long.
There's traps inside us all
and the nights are so tall."
New Orleans, Silver Jews

sexta-feira, maio 19, 2006

grant 

Descobri os Go-Betweens ao ler uma crítica de João Lisboa à compilação Bellavista Terrace no Expresso. Depressa comprei o disco. Ouvi umas vezes, fui gostando daquilo, cada vez mais. Mas, confesso, durante algum tempo não conseguia distinguir a voz (canções) de Robert Forster das de Grant McLennan. Como se fossem a mesma voz, a mesma escrita, com imperceptíveis diferenças – um pouco o que me aconteceu em relação aos Beatles (neste caso, ainda hoje mantenho a dificuldade). É óbvio, no entanto, que eram duas pessoas, dois compositores, dois cantores completamente distintos. Robert, a figura do dandy, flamboyant, era muito mais expressivo do que o suave e tímido Grant. E foi por ele que primeiro me “apaixonei”, ao som de The House That Jack Kerouac Built.

Uns anitos mais tarde, a meio da segunda encarnação dos Go-Betweens, por causa de outra crítica (a de João Bonifácio a Bright Yellow Bright Orange), redescobriu-os. Comprei o referido álbum e um bilhete para o concerto que se avizinhava no Paradise Garage. Nessa altura, tinha começado a dar mais atenção a Grant McLennan, às suas melodias suaves, com uma corrente de desespero a passar por debaixo da voz doce. No concerto (há precisamente três anos), Love Goes On! (canção tão bonita) foi um momento alto, altíssimo. Perante os aplausos dos fãs deslumbrados, Robert Forster nunca perdeu a pose. Grant, esse, sorria timidamente, comovido dir-se-ia. A dado momento, Robert diz-lhe: They love you! E era verdade, nós admirávamos os dois, mas Grant com especial carinho.

quinta-feira, maio 11, 2006

indie 

O texto que escrevi para a Rua de Baixo acerca do IndieLisboa.

segunda-feira, maio 08, 2006

grant mclennan 

1958-2006

quinta-feira, maio 04, 2006

armário 

O humor de Mel Brooks tem os seus momentos. Embora, muitas vezes, só nos possamos rir das suas piadas por serem de uma grosseria irresponsável: rimos do excesso; aqui não há subtilezas. Mas há inteligência. E Mel Brooks não tem pruridos em fazer comédia com toda e qualquer coisa. O filme The Producers, agora em exibição (remake e, ao mesmo tempo, adaptação do musical que escreveu a partir do filme original), embora não realizado por si, deixa este facto a nu. Os homossexuais, neste filme (principalmente as personagens do encenador e do seu assistente/companheiro), são anacronicamente estereotipadas: os gestos, a maneira de falar, o discurso. Apesar de ser tudo perfeitamente ofensivo, não deixa de ter graça. Desde a canção "Keep it gay" à cena em que, sob ameaça de uma arma e tendo que se esconder, uma das personagens grita: "Back in the closet!"

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