terça-feira, junho 19, 2007
o mar e as motas
Stay On These Roads. a-ha.
Ouvi esta canção quando vinha de táxi para casa na última sexta-feira. Ia quase chorando. Não me consigo lembrar de nenhum momento específico em que a tenha ouvido na infância, mas devo tê-la ouvido muitas vezes. É de 1988, portanto eu tinha oito anos quando saiu. Recordo muitas viagens de carro com cassettes manhosas com os hits da época, canções que eu detestava, provavelmente até esta. Não sei porquê faz-me também lembrar a minha prima e as alturas em que eu ficava em Carcavelos na casa dos meus tios. A minha prima era/é mais velha do que eu e já ouvia umas coisas, talvez seja daí. Não consigo precisar. Quando entra aquele refrão grandioso e épico, a roçar o mau gosto, fico... nem sei dizer como fico. Isto é da ordem do inefável. Espero que não seja só nostalgia, a nostalgia sempre me cheirou um bocado mal. Mas deve ser por a palavra fazer lembrar anúncios de compilações de canções dos anos 60 às três da manhã, mais do que do sentimento em si, porque se é isto, é das coisas mais bonitas que há.
segunda-feira, junho 18, 2007
heresias
pan and scan aplicado ao musical Seven Brides for Seven Brothers
Para mais, além da composição do plano ser completamente disvirtuada, desaparecem personagens e situações do filme ou, noutros casos, assistimos a cenas de puro absurdo ou vanguardismo artístico, como a do nariz de Joel McCrea a contracenar com o nariz de Randolph Scott no western de Peckinpah.
François Truffaut dizia que ver um filme em televisão era como ver uma reprodução de um quadro em livro. Mas, ao menos, digo eu, que a reprodução seja fiel.