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quarta-feira, julho 11, 2007

os anos 80 não servem só para festas temáticas 

Se compararmos os filmes de acção actuais aos dos anos 80, depressa chegamos à conclusão de que ficam a perder. Tomemos como exemplo o último Die Hard, é um filme engraçado, basta ter o John McClane - personagem cada vez mais icónica, assim como o seu "Yippee-ki-yay, motherfucker" - hum... pois se calhar é um mau exemplo, o Die Hard 4.0, apesar de ser um parente afastado dos outros filmes da série, especialmente do primeiro, ainda faz parte da família. Mas pensemos em qualquer outro filme de acção típico saído da fábrica Hollywood nos últimos anos, são pálidas cópias dos que se faziam na década de 80. Não tem o mesmo humor politicamente incorrecto- às vezes reaccionário, linhagem que começou no Dirty Harry -, ou a mesma violência - agora os maus morrem e nem sequer deitam sangue. São feitos para miúdos, e, por isso, tem-se muito cuidado para não se ultrapassar a classificação condizente. Para mais, as cenas de acção são cada vez mais em CGI, que é coisa que estou longe de gostar. Os bons e velhos efeitos especiais fazem-me falta. Aqui, sou eu o reaccionário. E os argumentos e os diálogos eram muito melhores, nisso este último Die Hard é mais parecido com os clássicos de 80 - Caça-Polícias, Assalto ao Arranha-Céus, Arma Mortífera, ou até mesmo o Cobra - do que com os seus contemporâneos. Daí ter saído todo contente do filme, e nem se pode dizer que se trate de guilty pleasure, ter saudades dos grandes blockbusters de acção dos anos 80 é uma questão de bom gosto acima de tudo.

Numa nota diferente, vi o Small Soldiers do Joe Dante, que já é de 1998 - tem a Kirsten Dunst ainda muito novinha -, que é mais ou menos um remake do Gremlins com brinquedos. O que só pode ser bom. Dante é um realizador realmente subvalorizado. Histórias de pequenas cidades atacadas por uma qualquer força exterior, que no fundo serve para expôr os seus defeitos são com ele. Usa também estas histórias como metáforas - sobre a obsessão militarista dos E.U.A. neste caso -, sem ser demasiado demagogo e sempre com um humor muito próprio. Só da cabeça deste homem poderia sair aquele Gremlin intelectual com óculos e sotaque inglês do segundo tomo da saga dos Mogwais.

domingo, julho 08, 2007

a lição 



O vídeo acaba abruptamente no clímax da canção. A imagem está tremida. Interessa pouco, e até dá uma ideia mais fidedigna da coisa. Os LCD Soundsystem deram dos melhores concertos que vi. Mais do que valeram os 60 euros que paguei pelos três dias do segundo acto do Super Rock. Houve outros bons concertos no festival, mas empalidecem face a este. Há muitas bandas boas, outras assim-assim, outras ainda simplesmente más. Há bandas boas a tocar ao vivo, outras que se deviam ficar pelos discos, tal é a banalidade da actuação. Depois existem os LCD que fazem esquecer tudo isso, e o cansaço das pernas, e o vento, e as merdas da vida.

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