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sábado, maio 10, 2008

substituição 

Uma alteração à minha compilação, saem os Silver Jews, entram os American Music Club, e logo como a canção final, devastadora, um punho de negrume que absorve todas a tentativas de fuga, I'm on my way, cantado pela voz mais doce do mundo.

quarta-feira, maio 07, 2008

em sonhos 





estas imagens não deviam vir acompanhadas de qualquer texto, bastam-se bem a si mesmas, ainda assim, cá vai. dean stockwell, um dos grandes actores americanos, o al do quantum leap e rapaz de cabelo verde há muitos muitos anos atrás, protagoniza esta cena, se bem que no resto da história tenha pouca ou nenhuma importância, e só por ela merece uma entrada em todos os livros de cinema e que tais, dean stockwell canta em playback uma canção, in dreams do roy orbison, qualquer coisa sobre o joão-pestana e falar e andar contigo em sonhos, lá atrás brad dourif dança como eu tenho ideia que o gerard malanga dançava nos concertos dos velvet underground, jack nance, outrora protagonista do eraserhead, agora de chapéu, tenta meter medo ao kyle maclachlan, o outro eu do david lynch, mais cá para a frente. ainda há as senhoras gordas à retaguarda, o dennis hopper, ao lado do dean stockwell a murmurar a letra da canção, e a isabella rossellini, que entra a meio. a isabella rossellini, que por essa altura começou a andar com o david lynch, tempos atrás tinha andando com o martin scorsese, que ainda mais para trás tinha andando com a filha do vincente minnelli e da judy garland, imagino que num caso agudo de cinefilia, que com a rossellini seria secundário.

terça-feira, maio 06, 2008

já não precisamos de casset(t)es 

Nunca fui muito bom a fazer compilações. Apesar de já ter tentado algumas vezes, nunca me saíram bem, nunca saíram como eu queria. Mesmo que escolha bem as canções, depois não sei arrumá-las como deve ser; se as compilações devem respeitar uma narrativa, as minhas são mais para o godardianas - passe o namedroping desnecessário -, têm princípio, meio e fim, mas não exactamente por essa ordem, o que lhes retira a força devida. As compilações, dizem os entendidos, devem começar com uma canção forte, crescerem a partir daí, a meio devem ter uma quebra, para depois pegarem outra vez o ritmo até ao final apoteótico. Esta que eu fiz até não começa mal, um clássico dos Guided by Voices dá lugar a uma canção entre a pop e o hip-hop do genial Apolecia dos Why?, para ir desaguar no hip-hop excelso dos Clipse e no grime de Dizzee Rascal co-adjuvado pelo falecido Pimp C e por Bun B, ou seja, os UGK, nova guinada e vamos dar ao pós-punk zangado dos Les Savy Fav, grande canção e uma das razões para fazer esta pequena colecção, mas de seguida as Sleater-Kinney anunciam o que está para vir: a depressão, que atinge o seu pináculo nos seis minutos e meio dos Spiritualized, depois de passar pelo Richard Swift, que já não vai muito contente, Will Oldham, a sua barba e a sua careca, mascarados de Bonnie "Prince" Billy não salvam a coisa com sonos amaldiçoados, que parece no entanto levantar um bocadinho com a longa narrativa de David Berman, o seu Jack of Hearts para o século XXI, e o shoegaze esquizofrénico dos Rollerskate Skinny, mas pouco, muito pouco, finalmente vendo que não há volta a dar a isto, ficamo-nos com uns Portishead, podia ser pior.

segunda-feira, maio 05, 2008

no centro comercial 


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