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segunda-feira, setembro 29, 2003

elia kazan 

Por maiores que fossem os pecados de Elia Kazan, bastava um filme como Quando o Rio se Enfurece/ Wild River para o redimir por completo.

domingo, setembro 28, 2003

escrever 

No poema de Ruy Belo, que «publiquei» na sexta, diz-se (diz ele, Ruy Belo, de si mesmo): «todo o tempo se lhe ia/ em polir o seu poema». Se era assim para ele, não é assim para mim. A minha prosa (que eu não faço poemas) não é nada polida. Não é polida, acarinhada ou esculpida. Não implica trabalho. É o que sai na hora. Mas não é, com certeza, como eu gostaria que ela fosse. O que eu escrevo, quando sai de mim, deixa de ser meu. E deixa de ser meu, porque não gosto do que escrevo, nem por nada. Só em alguns, e excepcionais, dias é que acontece achar-lhe alguma graça. Por isso é que tenho tanto apreço pelas pessoas que escrevem bem. Seja a escrita, desses «escolhidos», feita de um jacto ou muito pensada. Mas tenho a impressão que toda a boa escrita implica algum trabalho, seja ele qual for.

stones 

Gostava de ter ido ao concerto dos Stones, ontem à noite. Não fui, porque o esforço que implicava arranjar bilhete me pareceu de mais – não sou fã, o suficiente, para esperar em bichas intermináveis. Porque o que eu gostava mesmo era de ter visto os Rolling Stones, para aí, nos anos 70, muito antes de eu nascer. Assim como gostaria de ter visto o David Bowie, o Lou Reed ou o Iggy Pop nos seus momentos mais fulgurantes.
Já nasci tarde para ver os meus ídolos no apogeu.

sexta-feira, setembro 26, 2003

poema alheio #2 

Fica aqui exposto um poema de Ruy Belo, de quem se escreveu num post anterior dedicado a Opus Night. O poeta morreu em 1978.

Cólofon ou Epitáfio
Trinta dias tem o mês
e muitas horas o dia
todo o tempo se lhe ia
em polir o seu poema
a melhor coisa que fez
ele próprio coisa feita
ruy belo portugalês
Não seria mau rapaz
quem tão ao comprido jaz
ruy belo, era uma vez

quinta-feira, setembro 25, 2003

discos 

Os meus álbuns preferidos chamam-se "Grace" e "Embrya". Jeff Buckley e Maxwell. O filho de Tim Buckley (mui respeitado artista que não tenho o prazer de conhecer (a sua discografia, isto é)) seguiu as pisadas do pai até na morte bizarra. Morreu enquanto tomava um banho no rio Mississipi. O pai cometeu o erro de inalar heroína, a pensar que era cocaína (à la Pulp Fiction). Mas Jeff, morrendo novo, viveu o suficiente para fazer o meu álbum preferido. Um disco para apaixonados, tocado pela graça que lhe dá o nome. Quem nunca amou, dificilmente lhe achará alguma «graça». O mesmo se pode dizer do álbum desse obscuro artista soul (pelo menos, em Portugal, assim parece) de seu nome Maxwell. Já emprestei o cd a pessoas que não demonstraram, minimamente, a reacção efusiva que exige. Quem não ama esse belo objecto de arte não merece a menor consideração. Se não der arrepios a quem o ouvir, é porque a pessoa, em questão, estará, com certeza, doente. Estes dois discos combinam, andam de mãos dadas, porque foram ouvidos para a mesma pessoa. Não posso dizer que ainda os ouça (porque não ouço), mas ficarão para sempre como os meus álbuns preferidos. Mesmo que não os ouça nunca mais. Mesmo que me esqueça deles. Mesmo que me esqueça de tudo.

quarta-feira, setembro 24, 2003

um outro dia 

No outro dia, que não hoje, desejei estar num outro dia. Um inventado por mim. Não por estes deuses ingratos que nos governam. Um dia que fosse tão bonito como o post de segunda-feira do Abram os Olhos. Quem me dera viver em Nova Iorque. E quem me dera gostar de alguma coisa assim.

segunda-feira, setembro 22, 2003

outro duende 

E um outro duende que nos leve a desejar coisas inalcançáveis?

duende 

Existirá, dentro de nós, algum duende velhaco que nos obrigue a fazer coisas que, sabemos, nos causarão não poucas misérias?

domingo, setembro 21, 2003

 

A dado passo de um filme de Robert Bresson, passado num convento, uma rapariga lê esta frase, de um papelinho escolhido ao acaso:

"Se ouvires a palavra pela qual Deus te liga a um outro ser, não ouças as outras"

sábado, setembro 20, 2003

ele há coisas 

Hoje, num maço de «Marlboro»:

Fumar pode provocar morte lenta e dolorosa

avenidas 

Gosto de descer as avenidas. Pode ser a da Liberdade ou a de Roma. Tanto faz.

ficção 

"I'm set free to find a new illusion"
I'm Set Free, The Velvet Underground

Talvez seja altura de encontrar uma outra ilusão.

sexta-feira, setembro 19, 2003

tabaco ao balcão 

Os cigarros de um maço comprado ao balcão de um café sabem sempre melhor do que os que vêm de um comprado na máquina.

quinta-feira, setembro 18, 2003

cuba libre 

No «Público» de hoje, um manifesto muito importante.

zombies 

Era de bom tom que toda a gente conhecesse The Zombies, one-album-wonders dos anos 60. Pop do melhor. Para recolher informações, é só consultar o melhor site de música (e livros e cinema) que anda por aí.

quarta-feira, setembro 17, 2003

opus night 

Opus Night de cravo na lapela. Vermelho ou branco, dependendo das circunstâncias. Com cinco whiskies no bucho que era a única maneira de ele ver o mundo à  maneira dele. E a fugir da ex-mulher, que lhe aparecia como freira, como puta, como tudo. Haverá, na nossa literatura, personagem mais bonita que este Opus Night, ou Copus Night, irmão de um membro da Opus Dei?

Se a resposta for sim, é favor ler a Alexandra Alpha do Cardoso Pires.

É neste romance, também, que aparece um poeta a debicar migalhas do tampo do balcão, enquanto bebe uma imperial e lê «A Bola», numa cervejaria da avenida de Roma. Chamava-se ruy belo e vivia no Monte Abraão.

segunda-feira, setembro 15, 2003

dúvida e fé 

A dúvida tem toda a razão. A fé nenhuma. Toda a vida humana, de há uns séculos para cá, se baseia na dúvida. Qualquer indivíduo que se preze tem dúvidas. E nenhumas certezas. Toda a gente sabe que não há coisas absolutas. É tudo relativo.

Mas a fé é tão bonita

e Todo o amor é fé.

domingo, setembro 14, 2003

a arte pornográfica 

O cinema Olympia fechou. O canal 18 existe, agora, em sinal fechado. Não acho que seja uma privação nos direitos do cidadão. Mas faz parte de uma continuada perseguição ao mau gosto que se está a dar na nossa sociedade. Querem tornar o mundo asséptico. Querem apagar quaisquer traços de mau gosto que ainda restem na nossa cultura. E, como toda a gente sabe, o mau gosto foi o motor dos movimentos culturais mais relevantes ao longo dos tempos. É o nosso futuro que está em jogo. O futuro de Portugal e o do mundo. O mau gosto é das poucas coisas vivas na nossa cultura. E será sempre melhor que tantas coisas sensatas e sensaboronas que serão sempre a praga da nossa cultura. É preciso defender o Olympia, como ele era, a Feira Popular, como ela era. Mais do que defender o Acontece. O Acontece, apesar de todas as boas intenções em que se baseava, era balofo e, a médio-longo prazo, nocivo para a actividade cultural do nosso país. Defendamos primeiro as coisas indefensáveis. Daí surgirá novas coisas e boas. O país está adormecido, porque acha que cultura é o Acontece. É preciso rasgar, ofender, fazer surgir algo de novo.

feira popular 

Soube, ao ler hoje o «Público», que a Feira Popular vai fechar definitivamente no fim deste mês. Por muito feio, tosco, desarrumado que aquilo seja vou ter pena. Vou sentir falta daqueles restaurantes com nomes esdrúxulos, dos cheiros, das luzes. Vou sentir falta, principalmente, de todo aquele mau gosto concentrado num só lugar. Cada vez mais me parece que o mau gosto está condenado à morte, por ser de mau gosto gostar do mau gosto. Enquanto que as coisas de gosto duvidoso ou de moderado mau gosto proliferam por aí. São mesmo a maioria. O mau gosto verdadeiro - a música pimba, a feira popular, os arraiais - tem tendência a desaparecer. E depois vemos tantas coisas que são bem piores, que se escondem numa capa respeitável, a sobreviver e a tomar conta do nosso quotidiano. É pena. VIVA A FEIRA POPULAR - e não é uma mais respeitável, é esta mesmo e como está.

sábado, setembro 13, 2003

cadernetas 

Os anos que passam trazem-nos saudades das coisas que fazíamos quando eramos crianças. Fazer cadernetas, coleccionar cromos não eram dos menores prazeres da nossa meninice. Eram dos maiores. Ir à papelaria, com os nossos pais, para comprar carteirinhas. Às vezes só uma. Abrir a carteirinha de cromos e ver se havia novos cromos e quais os repetidos. Os repetidos, que não gostávamos quando víamos, davam depois muito jeito para as trocas na escola. Raramente acabávamos as cadernetas. Lembro-me melhor, apesar de existirem outras, das cadernetas de futebol. E eu nem sequer gostava de futebol. Mas adorava aquelas cadernetas.

Mais tarde, quando comecei a gostar de futebol, lembro-me que antes de começarem as épocas futebolísticas o jornal A Bola lançava os cadernos d'A Bola. Os Cadernos d'A Bola não eram como as cadernetas. Não tinham cromos, já vinham feitos. Tinham os plantéis de todas as equipas da primeira divisão e da segunda de honra, como então se chamavam, com fotografias dos jogadores, aonde já tinham jogado e o registo dos seus feitos em épocas anteriores - o n.º de jogos, o n.º de golos. O blog Caderneta da Bola faz-nos voltar a esses tempos. Bem dito seja.

sexta-feira, setembro 12, 2003

11 de setembro 

Nos anos que vivi, não me lembro de se ouvir falar do 11 de setembro chileno tanto como ontem. É certo que 30 anos é um aniversário com algum peso simbólico, mas muitas vezes pareceu que, alguns, só se lembraram de falar disso por conveniência. Fosse para tentar relacionar com o atentado do World Trade Center - o envolvimento americano no golpe de estado chileno, fosse para ter uma data simbólica para uma "certa" esquerda que se contrapusesse à, supostamente, de direita. Mesmo assim, acredito que há pessoas que sentem o 11 de setembro chileno como a grande tragédia e compreendo-as, embora não compartilhe do mesmo sentimento. Para mim a grande tragédia foi há dois anos em Nova Iorque. Vendo as imagens de ontem que recordavam o que aconteceu, pensei, outra vez, que o alvo principal dos terroristas foi a cidade onde todas as culturas se misturam e vivem em harmonia. Claro que há problemas e não é tudo cor-de-rosa, mas aonde é que se vê, noutro lugar, um diálogo diário entre pessoas de origens tão diferentes como em Nova Iorque. Em Portugal não se vê isso. O que eu não compreendo, de todo, é que alguns tentem quase endeusar Pinochet de modo a tirarem todo o significado à data chilena. Isso é tão repugnante como endeusar bin Laden ou desencantar causas para os seus actos.

quinta-feira, setembro 11, 2003

what's going on 

Faz hoje dois anos. Foi aí pelas dez horas da noite. Estava a ouvir rádio, sintonizada na Oxigénio. Porque é que eu estava a ouvir rádio? Porque é que eu estava a ouvir a Oxigénio? Porque é que eu estava para ali sentado, letárgico? Porque é que eu estava cheio de medo? Estava, simplesmente. Nunca tinha pensado que algo assim podia acontecer, mas tinha acontecido. O fim do mundo nunca esteve tão próximo, pelo menos para mim, como nesse dia. Aquela angústia, que nunca foi repetida e que foi diminuindo com o passar dos dias, estava ali, ao pé de mim. Era eu. E eu estava a ouvir rádio. Começou um programa, às dez. O programa chamava-se Pentágono. Nunca tinha ligado ao nome. Naquele momento liguei. A apresentadora comentou que o nome se tinha tornado tristemente irónico, ou algo assim. A apresentadora perguntou-se o que é que estaria a acontecer. A apresentadora pôs a tocar uma canção. What’s Going On. Marvin Gaye. Em todo aquele horror que tinha vivido desde a hora do almoço, naquele dia, a única coisa que fez sentido foi eu estar ali sentado a ouvir o Marvin Gaye.
Por isso – Obrigado, Miss Isi.

quarta-feira, setembro 10, 2003

poesia #2 

Disse que não gostava de poesia, mas gosto de letras de canções.

Exemplo:
"Keats and Yeats are on your side
but you lose
because Wilde is on mine"

Cemetry Gates, The Smiths

shadow of a doubt - outra vez 

João Bénard da Costa escreveu, a propósito de Shadow of a Doubt, filme de Hitchcock:

"O medo da identificação é maior que o desejo dela, como o medo do amor é maior do que o medo da morte."

poesia 

Eu gostava de gostar de poesia, mas não gosto. É pena, porque gosto de certos poetas. Principalmente dos que escrevem em prosa.

terça-feira, setembro 09, 2003

shadow of a doubt 

Shadow of a Doubt é um filme de Hitchcock. É de 1943. Em 1986, os Sonic Youth lançaram uma música chamada Shadow of a Doubt, no seu melhor álbum, EVOL. Estranho é que faz lembrar muito mais Strangers on a Train, outro filme de Hitchcock. Este de 1951. E o que leva Kim Gordon a gritar de medo é, sem sombra de dúvida, o Bruno Anthony de Robert Walker e não o uncle Charlie de Joseph Cotten. Ou seria só um sonho?

nova democracia 

um cidadão = um voto

um cidadão = um blog

segunda-feira, setembro 08, 2003

dias 

À dias que parece que a vida não é aqui.

Há dias que parece que a vida não é aqui.

v.u. 

"What do you think I´d see
If I could walk away from me"

Candy Says, The Velvet Underground

domingo, setembro 07, 2003

inaceitável 

Como é que cai a merda de um viaduto no meio do IC-19?

copo de água #2 

Em relação ao meu post de sexta-feira, sobre a questão do copo de água, há uma explicação melhor que a minha no Nova Frente de sexta-feira, também. No mesmo blog aparece, porém, uma comparação, a propósito da imprensa ser tendenciosa, entre Lula, um homem de esquerda democrática, e Le Pen, pura e simplesmente um fascista, com a qual não posso concordar.

rua da betesga 

O rossio não cabe na rua da betesga. É uma evidência.

sábado, setembro 06, 2003

0-3 

Não digo nada. A diferença foi evidente. Depois do mundial, só com o Agostinho Oliveira é que fizemos jogos decentes. A vitória com o Brasil foi mais acidental do que se pensa.

actual 

Congratulo-me sempre que o Ricardo Saló e, principalmente, o João Lisboa têm espaço para escreverem na secção musical da «Actual» do «Expresso». Com o Manuel Cintra Ferreira, na secção de cinema, são as principais razões para ler o «Expresso» ao sábado. Já são alguns os anos que tenho por hábito acordar ao sábado e procurar pelo «Expresso» com a intenção «expressa» de ler estes três senhores. Continuo a achar que o melhor suplemento cultural de qualquer jornal português é a «Actual». A «Revista» também não é de se deitar fora, mas tem os seus dias e já teve dias melhores. Sempre tem a Clara Ferreira Alves, que não é a Clara Pinto Correia, o que já não é mau. Não é mau ser a Clara Ferreira Alves a escrever no «Expresso» e já não é mau a Clara Pinto Correia não escrever no «Expresso».

sexta-feira, setembro 05, 2003

gulodice 

"We should have each other to tea huh?
We should have each other with cream"

The Lovecats, The Cure

copo de água 

No Gato Fedorento, Miguel Góis expõe a persistente polémica do copo de água vs. copo com água. Dizer-se copo com água não é incorrecto, como é óbvio. Mas devemos continuar a usar o copo de água, porque quer dizer copo cheio de água, e não copo feito de água. Tal como caixa de fósforos não quer dizer que a caixa seja feita de fósforos, apenas que está cheia deles.

quinta-feira, setembro 04, 2003

básico 

Fui ver o novo filme do John McTiernan, Básico. Gostei do filme, mas pede (quase exige) outras visões. Definitivamente não é para quem acha que o argumento é o mais importante num filme. Embora este não seja assim tão mau. O que não é, é escorreito e limpinho como tantos gostam. Faz lembrar Os Fantasmas de Marte do John Carpenter. Dizer que o filme é uma espécie de episódio da Missão Impossível às cegas já é estar a revelar de mais. Há uma frase que fica a ressoar, porém. Não consigo citar a frase muito bem (nunca fui bom em citações), mas é qualquer coisa como "Nunca seria amigo de alguém que trai o seu próprio país". E quem diz país, diz outras coisas. Acho que se não é a frase-chave do filme anda lá perto. Noutro aspecto, é de notar que como A Mulher Fatal do Brian De Palma começa com o Bolero de Ravel.

iraque 

Concordo muito com o que Pacheco Pereira escreveu hoje no Público.

quarta-feira, setembro 03, 2003

os filmes da minha vida 

A minha ideia inicial alterou-se. Fiz antes um blog com textos do JBC. Acho que assim é mais fácil e fica melhor. O blog é Os Filmes da Minha Vida e o endereço http://casaencantada.blogspot.com.

P.S. o endereço é agora http://filmesvida.blogspot.com

João Bénard da Costa 

Vou tentar, a partir da próxima sexta-feira, ter sempre aqui transcritos os textos que João Bénard da Costa escreve no Público. Eles são, quase, a única razão para comprar o Público às sextas. Para quem não quiser comprá-lo ou não quiser ver a versão on-line do mesmo jornal, onde os textos estão disponíveis no período de uma semana, tem aqui uma alternativa. Um espaço para uma das pessoas que mais bem escreve em português e que é sempre um deleite ler. Ele é que devia ter um blog. Ler João Bénard da Costa devia ser completamente gratuito e obrigatório, como um bom serviço público. Que ele é, mesmo sem querer. E é querendo enquanto director da Cinemateca Portuguesa. Aqui fica o texto de sexta-feira passada.

Estava aqui o texto de 29 de Agosto. Agora pode ser encontrado nos n'Os Filmes da Minha Vida, blog dedicado a João Bénard da Costa, como é explicado no post seguinte. 5 de Setembro de 2003

teste 

um teste idiota sobre coisas que toda a gente devia saber

lou 

"I dreamed that there was a point to life and to the human race"
The Day John Kennedy Died, Lou Reed

Durante um concerto em Coimbra a 4 de Julho deste ano sonhei o mesmo a ouvir esta mesma frase. Sentado numa bancada a um quilómetro do palco, depois de ter pago 25 euros. Não deu para ver, mas deu para ouvir. Foguetes a serem laçados, quando Raven foi declamado.

terça-feira, setembro 02, 2003

noodles 

"I've been going to bed early"
Mesmo os que correm o risco de se tornar no David Aaronson não podem deixar de gostar do Once Upon a Time in America

carolina 

Conheço duas versões desta canção de Chico Buarque. A do próprio e a de Caetano Veloso. E são bem diferentes. Caetano diz, que quando primeiro a gravou, a cantou de uma maneira quase anti-chicobuarqueana. Apesar de os dois serem amigos. Caetano, envolto no movimento tropicália, tinha que renegar Chico Buarque que era, ao tempo, já um dos maiores nomes da música popular brasileira. De qualquer maneira a canção é bem bonita.

um novo ano 

Gostei muito do texto da Joana na Quebra de segunda-feira. Realmente o ano só começa em Setembro. Eu sempre que tento me lembrar de alguma coisa e de quando essa coisa aconteceu penso, sempre, em anos lectivos. De outro modo, é-me quase impossível fazê-lo. O fim do ano,a 31 de Dezembro, e o começo de um novo, a 1 de Janeiro, não são tão impressivos como esse ano que começa quando acaba o verão.

segunda-feira, setembro 01, 2003

a palavra 

fastio, s.m. falta de apetite; repugnância pela comida; enjoo; tédio. (Lat. fastidiu)

Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 5ª edição 1976

Hoje a palavra fastio é, sobretudo, tédio e enfado. Diz-se de uma pessoa aborrecida que está enfastiada. Assim, enfastiar é aborrecer. Mas fastio, também, é a recusa voluntária de comer. Além de enjoo ou falta de apetite pode servir de sinónimo para jejum.

travis 

"Here is a man who would not take it anymore"
Aqueles de nós que correm o risco de se tornar no Travis Bickle nunca poderão gostar muito do Taxi Driver

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