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segunda-feira, maio 30, 2005

iguana 

Iggy Pop esteve ontem no afamado festival da cerveja. No dia dedicado ao metal destoou. Chamam-lhe grandfather of punk, e bem, mas meterem-no com Marylin Mansons e afins é de ínfimo mau gosto. Iggy Pop tem quase 60 anos e não merece este tipo de desrespeito. But he doesn't care, so fuck it.

Iggy Pop é deus, não haja qualquer dúvida. Os Stooges não tocaram Gimme Danger nem Search and Destroy. But we didn't care. Ele esteve lá, no palco. Só podemos agradecer. Eternamente. Raw Power

quarta-feira, maio 25, 2005

certidão de óbito 



Em certos casos, não é o trabalho do artista que conta, mas o próprio artista. Vidas que só se podem deslindar como obras de arte. Andy Warhol, Oscar Wilde, Noel Coward e Pier Paolo Pasolini são exemplos máximos disto. Criações calculadas. O Homem a querer ser Deus. Na mesma linha, mas um pouco afastadas, estão outras vidas. As de pessoas que, por muito sofrer e se martirizarem, alcançam a imagem de Cristo. Para além de obras de arte, elas são a cruz na qual pregaram Jesus.

terça-feira, maio 24, 2005

a freira assassina 


Abel Ferrara. Ms. 45. 1980.

a bezerra 

De quando em vez, o Homem tem propensão para pensar na morte da bezerra. "Que bezerra seria essa?", pergunto-me. Pois que, pelo menos na cidade, não vislumbro muita gente que possua ou tenha possuído uma bezerra e não estou a ver como é que dá a certa gente pensar na morte de uma. Seria a bezerra de um conhecido, ou mesmo de um parente da província? De qualquer maneira, parece-me motivo de pouca monta para tão insistentes cogitações. Para dias e dias sem descanso. Para desenvolver-se uma obsessão que raia a loucura. Quero crer que o que separa o Homem dos outros animais é o facto de se preocupar tão desesperadamente com a morte de um ser vivo de outra espécie. É lamentável que os ambientalistas, em resposta a este anseio do povo em geral (ou será só o português?), não dediquem todo o seu tempo a impedir o fenómeno. Já basta de tanto olhar vazio posto no infinito, é preciso de dizer "Chega!!". É necessário salvaguardar o interesse da nação portuguesa: Vamos salvar as bezerras!!!

Posto isto, o que dizer, então, da vaca fria? Este problema, sim, já me parece insolúvel, muito para além das minhas capacidades de análise. Que uma pessoa se demore com a morte da bezerra é uma coisa, que volte à vaca fria é de mais. Chamo à liça os especialistas, pois temos responsabilidades no deslindar de um caminho. Um caminho para a felicidade de Portugal, longe destes melindres.

segunda-feira, maio 23, 2005

slb 

O Benfica ficou tantos anos sem ganhar o campeonato que se tornou estranha esta conquista. Antes de a alegria tomar conta de nós (um grupo de amigos reunidos para ver o jogo), levámos um bom bocado a perceber que, de facto, éramos campeões. Estávamos como que em estado de choque. Aquelas "camisolas berrantes" não eram as nossas, aquilo não estava verdadeiramente a acontecer. Dava a sensação que ainda faltava uma jornada, um ponto por conseguir. Quem nos visse diria que estávamos tristes. Só quando entrámos no estádio, vimos a "modura humana", ouvimos os cânticos e começámos a participar na festa, é que nos "bateu": somos campeões. Foi sofrido, jogámos mal, ganhámos talvez porque outros (Sporting, principalmente) falharam. Mas somos campeões. Nos anais do futebol ficará inscrito: O Sport Lisboa e Benfica venceu a SuperLiga na época de 2004/05. Para nosso grande contentamento.

quarta-feira, maio 18, 2005

o crítico como artista 

Um crítico musical que morre. A obra que perdura. No Juramento Sem Bandeira.

ian c 

Faz hoje 25 anos.

terça-feira, maio 17, 2005

por entre as árvores 

"Suddenly I stop
But I know it's too late
I'm lost in a forest
All alone
The girl was never there
It's always the same
I'm running towards nothing
Again and again and again and again"

A Forest, The Cure

quinta-feira, maio 12, 2005

ang lee 

Ang Lee é um realizador que passa despercebido. A crítica gosta dele, mas não é dada a panegíricos no que a ele toca. O público acorre às salas, mas não decora o seu nome. Porém, é dos melhores que anda por aí. Se esquecermos Hulk, um falhanço artístico e comercial, a sua obra é de uma solidez clássica inusual. Se a jóia da coroa é Crouching Tiger, Hidden Dragon, o que dizer de The Ice Storm (tão melhor que American Beauty) ou Ride with the Devil? São objectos de cuidada perfeição a pedir degustação sofisticada. Cannes não lhe liga nenhuma, deixou-o mais uma vez de fora: Brokeback Mountain não vai a concurso, nem a lado nenhum. Todavia, nós ansiamos pela sua chegada.

quarta-feira, maio 11, 2005

taxistas 

Como não tenho carta de condução, e tendo que me deslocar de tempos a tempos a horas tardias, sou frequentador costumeiro dos táxis da área de Lisboa. Raramente enceto conversações, ou porque não me apetece ou porque estou demasiado bebêdo, mas dá para perceber três características comuns naqueles que nos guiam nos carros beiges: o racismo, o fascismo e o benfiquismo. Duas delas são fáceis de correlaccionar, já com a terceira a explicação complica-se. Contudo, quem duvidar disto que entre num táxi, ponha a conserva a jeito para um destes assuntos (ou mesmo todos de uma assentada) e veja no que dá. Os resultados estão garantidos.

quinta-feira, maio 05, 2005

review 

Mais um textinho para este site.

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