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terça-feira, outubro 25, 2005

mundos 

"Why live in the world
when you can live in your head?"
Monday Morning, Pulp

quarta-feira, outubro 19, 2005

volume one 

Quem consome cultura popular, e particularmente, música popular, depara não poucas vezes com o nome Bob Dylan. Ele é, para tantos, o paradigma da validade artística, sempre louvado como um dos grandes, um dos melhores. Teve os descarrilamentos naturais numa carreira longa, mas tudo se lhe perdoa. Ele é Dylan. E Dylan, na música, significa Deus.

Sofre, porventura, da desventura dos consagrados: a fixação de uma ideia de si - a de líder de uma geração, a que fez os anos 60, e que lhe interessava apenas vagamente. Nunca quis enfiar a carapuça, fez tudo para se desenvenvilhar dela. Mas quem o descreve, dá invariavelmente relevo a este "Dylan" das canções de protesto, que supostamente deu início à contra-cultura hippie.

Não sabem eles, ou fazem por esquecer, que Dylan pediu um dia aos membros da sua banda em palco para tocarem "fuckin' loud", depois de ter sido apelidado de Judas, por estar a electrificar a sacrossanta folk. A partir daí, os que ainda não tinham percebido iriam ter de perceber: Dylan não é "Dylan", Dylan "est un autre".

Para encurtar o discurso, Dylan é uma figura amável por diversas razões; o facto de não ser "Dylan", das mais importantes. Tenho dificuldade em penetrar na sua música, em ouvir a sua voz anasalada - a voz de Dylan é desagradável, convenhamos -, mas, ainda assim, fiz algumas tentativas em razão do que ficou atrás escrito. Era como se estivesse sempre à espera de encontrar um motivo, que não fosse meramente biográfico ou simbólico, para gostar de Dylan.

Encontrei-o, finalmente. Ironicamente, é a sua autobiografia. Mas, lá está, não se trata apenas do que está lá escrito, é mais a forma como está escrito. Chronicles: Volume One é literaratura, da boa. Não é um bom livro para um músico, é um bom livro de um músico. Um excelente livro. Nele, entrevemos Dylan enquanto jovem artista, o Dylan cansando de tanta exposição, o Dylan envelhecido. Dylan é o objecto da obra, e embora seja só mais uma imagem - ou imagens - de si, enquadra(m)-se perfeitamente no seio da obra de arte que é este livro. E o livro é que importa.

Enquanto espero pelos outros volumes da autobiografia, vou ouvindo o Dylan dos álbuns. Acabo de comprar, e estou a ouvir, o Blonde on Blonde. Mais uma tentativa. Agora de gostar da sua música, que motivo para gostar de Dylan já o tenho o bastante.

terça-feira, outubro 18, 2005

uma boa razão para gostar de john lennon 

Há outras, quase todas entre as melodias assinadas pela dupla de Liverpool

When I wake up early in the morning,
Lift my head, I'm still yawning
When I'm in the middle of a dream
Stay in bed, float up stream

Please don't wake me, no
don't shake me
Leave me where I am
I'm only sleeping

Everybody seems to think I'm lazy
I don't mind, I think they're crazy
Running everywhere at such a speed
Till they find, there's no need

Please don't spoil my day
I'm miles away
And after all
I'm only sleeping

Keeping an eye on the world going by my window
Taking my time

Lying there and staring at the ceiling
Waiting for a sleepy feeling

Please don't spoil my day
I'm miles away
And after all
I'm only sleeping

Keeping an eye on the world going by my window
Taking my time

When I wake up early in the morning,
Lift my head, I'm still yawning
When I'm in the middle of a dream
Stay in bed, float up stream

Please don't wake me, no
don't shake me
Leave me where I am
I'm only sleeping


I'm Only Sleeping, The Beatles

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