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quinta-feira, maio 24, 2007

indielisboa 2007 

na Rua de Baixo. Demorou, mas foi.

terça-feira, maio 15, 2007

a natureza 

Cenas de Natureza Sexual é um título apelativo, foi por isso que o escolhemos ver, a modos de conciliação do gosto de cinco pessoas. É pá, eu tinha visto o Shortbus, que poderia perfeitamente chamar-se assim, uns dias antes e tinha gostado. Mas de sexual ou de cenas da sua natureza ficou tudo para o nome do filme e para mais nada dele. Não é que a gente quisesse ver pornografia, o Corte Inglês não é propriamente um conhecido antro desse género de cinema, talvez um bocadinho mais de tesão (in lactu senso). Apanhamos uma comediazinha sobre relações amorosas, e quanto chanchadas esta bela categoria já não nos deu. No entanto, são chanchadas que um gajo até gosta de ver de vez em quando. Por isso, até dei o benefício da dúvida quando percebi nos primeiros minutos onde é que aquilo ia dar. Não durou muito, pois passados mais uns minutos, o que eu queria era torturar o responsável por aqueles diálogos e por aquelas estórias de merda. É como se Scenes of a Sexual Nature fosse uma comédia inteligente escrita por atrasados mentais ou gente que acha graça aos filmes da Bridget Jones (o que vai dar mais ou menos ao mesmo). Toda a gente nesta dolorosa película é pretensiosa e chata e não diz nada de jeito, embora ache que tudo o diz caberia sem perda num texto do Oscar Wilde. Não cabe, e a combinação é horrorosa. Mas se um gajo pensar um bocado, a vida real é assim, as pessoas acham-se sempre muito inteligentes, e ou atiram graçolas gastas ou tentam ser tão interessantes que acabam a dizer coisas pavorosas e vazias. Deus é um péssimo argumentista e não sabe mesmo escrever diálogos.

quinta-feira, maio 10, 2007

poehl 



Outro vício deste ano. "The Story of the Impossible" do álbum "Going to Where the Tea-trees Are" de Peter Von Poehl. Há qualquer na música deste sueco que me faz senti-la gémea da de Richard Swift.

segunda-feira, maio 07, 2007

swift 



Richard Swift está a ser o vício de 2007. "Dressed Up for The Letdown" é um álbum estupendo, que os aprazíveis EPs anteriores não faziam prever. Esta canção, "Kisses for The Misses", é muito boa, mas melhores são "Most of What I Know" e "The Million Dollar Baby", que, infelizmente, não têm vídeo.

sábado, maio 05, 2007

o outro o.c. 

"Don't call it that", diria Michael Bluth, chefe de uma família caída em desgraça. Eles vivem em Newport Beach, sita no Orange County, daí o título deste post. Quando alguém designa a terra onde vivem como "The O.C.", Michael diz sempre "Don't call it that". E uma vez, quando o cunhado usa as mesmas siglas para obsessivo-compulsivo. "Arrested Development" era do mesmo canal da série à qual a piada era destinada, a FOX. Ambas foram canceladas recentemente. Por não terem audiências suficientes. Mas enquanto "The O.C." gozou de uma grande popularidade, que foi decaíndo, "Arrested Development" nunca a teve. Foi sempre uma série de culto, defendida pelos críticos e alguns poucos mas acérrimos fãs.

A sitcom (comédia de situação) é um género com grande tradição na televisão, principalmente na americana e na inglesa, com regras bem definidas. Na sua forma clássica, raramente a história de um episódio - que costuma ser só uma - transborda para outro. Exemplos de excepção são "Seinfeld", com múltiplas histórias por episódio, que podiam retornar no futuro ou "Friends" que funcionava como uma soap-opera nalguns aspectos (vide relação Rachel-Ross). "Arrested Development" vem dessa corrente, e acrescenta ainda instântaneos de flashbacks, piadas internas (quase private jokes para os fãs) e narração em off (a redenção do medíocre realizador d'"O Código Da Vinci", Ron Howard, que também já foi o Richie Cunningham de "Happy Days" - há muito tempo, mas não o esqueçamos). E é filmada como um reality-show. Como descreve Jason Bateman, que interpreta o protagonista, é uma espécie de "Royal Tenenbaums" filmado como se fosse o "Cops".

Mas a série não é boa porque é revolucionária, é boa porque é muito bem escrita e ainda melhor interpretada. Tony Hale, David Cross, Will Arnett são grandes revelações. Jason Bateman, que foi o segundo lobijovem, depois de Michael J. Fox, é excelente na sua placidez. Ele que supostamente representa a personagem normal, Michael, é tão egoísta e egocêntrico como o resto da sua excêntrica família.

A série não tem risos enlatados, o que permite um maior número de piadas, e nenhuma das personagens reage como se estivesse numa comédia. Estas são apontadas como razões do seu insucesso, pois quem se apanha desprevenido a vê-la, leva algum tempo a perceber o que é aquilo.

Pode-se ver a maioria dos episódios de "Arrested Development" aqui ou aqui.

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